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quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A extrema direita brasileira apoia golpistas e condena Zelaya
Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, além de Zelaya, outras 70 pessoas estão na embaixada do Brasil em Honduras. Na terça-feira passada, foram cortadas a luz, água e telefone no local. Na quarta-feira, a luz e a água foram restabelecidas, mas os telefones continuam cortados.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) convocou uma reunião para obter informações sobre as condições em que o abrigo foi concedido a Zelaya e sobre a integridade da embaixada brasileira. “Também vamos avaliar a necessidade de tomar providências contra uma invasão, se for o caso”, pontuou Azeredo.
A reunião contará com a presença do diretor do Departamento da América Central e Caribe, embaixador Gonçalo Mourão. “A embaixada é território brasileiro e não pode sofrer ameaça”, destacou Azeredo. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os funcionários da embaixada foram orientados a ficar em casa.
A Rede Globo e os grandes meios de comunicação fazem coro com os políticos de extrema direita - na maioria corruptos - que defendem o estabelecimento de normas rígidas para o presidente Zelaya, impedindo-o de fazer reuniões e conceder entrevistas à imprensa (quando é do interesse das elites, a liberdade de imprensa não conta). Na verdade, querem transformar o presidente Zelaya em um prisioneiro na Embaixada brasileira.
A posição retrógrada e criminosa da mídia e dos políticos de extrema direita no Brasil vão contra o bom senso e as normas civilizatórias. Até o presidente Obama condenou o golpe em Honduras, mas os setores mais reacionários do Brasil preferem se aliar aos chamados "falcões da CIA", pequeno grupo de militares mercenários norte-americanos que apoiaram o golpe hondurenho.
O presidente Lula está de parabéns por tomar uma decisão firme e soberana. A Embaixada é território brasileiro e não pode ser invadido, e ponto final.
A hipocrisia dos políticos canalhas serve de incentivo aos golpistas hondurenhos, mas não passará impune pela opinião pública brasileira que deseja o restabelecimento da democracia em Honduras, com a volta do presidente Zelaya, democraticamente eleito pelo voto do povo, e não das elites corruptas e corruptoras.
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