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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vitória do Ideal





Dizia-se que éramos pequenos, frágeis, por demais idealistas. E que éramos muito românticos, sem os pés no chão. Dizia-se que era preciso aderir aos “esquemas”, e infestar as ruas de placas, para garantir vitória possível. Dizia-se que a utopia estava morta, e que era imperioso se adequar ao sistema para fazer qualquer coisa. Mas, no Rio de Janeiro, no dia 3 de outubro, 240.724 pessoas disseram que não era bem assim. Foi a campanha mais bonita que a cidade bela presenciou, nos últimos anos. Agora, só nos cabe agradecer a você. Sua participação, por menor que tenha sido, foi decisiva.

Não foi um resultado qualquer. Foi a vitória dos que não empastelam a cidade, visando os votos fáceis, despolitizados. Foi a vitória dos que se empenharam, nas ruas, sem ganhar um único centavo, dia após dia, pelo que acreditavam. A vitória da campanha alegre, pedagógica, e da conversa ao pé do ouvido com o eleitor. A vitória do voto rebelde, dos que clamam por mudança, ética e justiça social. A vitória daqueles que não se submetem à pequena política, e que utilizam, como matéria prima de seu programa, seus sonhos mais nobres.

Tivemos, é bom lembrar, um homem generoso à nossa frente. Jovem há 80 anos, Plínio Sampaio fez uma campanha brilhante, priorizando levar ao povo as grandes questões nacionais sob um prisma nunca antes visto em campanhas à presidência. Plínio ajudou a construir a imagem do PSOL como um partido diferente e necessário, que respeita fronteiras éticas e ideológicas, ao contrário de tantos que só têm o socialismo no nome. Jefferson Moura, nosso “governador”, cumpriu o papel com a mesma integridade. Levou o discurso incômodo dos justos a todo o Estado. Com seu jeito cordial, representou a divergência, o clamor por mudança.

Milton “outros 500” Temer – mais de 500 mil votos! – foi tão grande que fez muita gente suar para escolher o segundo senador. Sobre Marcelo Freixo, basta dizer que multiplicou seus votos de 2006 por 14! Em seu segundo mandato na Alerj, já é um quadro reconhecido nacionalmente. Os vermes que querem matá-lo enfrentam agora uma blindagem de 177.253 votos!

Entretanto, os grandes personagens dessa comovente história, os mais imprescindíveis, foram os militantes do PSOL. Com a camisa “não recebo um real, estou na rua por ideal”, enfeitaram as ruas com alegria. Através deles, uma campanha sem recursos ganhou milhares de corações. O maravilhoso desempenho do PSOL no Rio deveu-se, também, a uma militância generosa, na sua maioria jovem, que não perde a mania de apostar em outro mundo possível.

Para o novo mandato que se inicia, apenas uma promessa - lutar para, com você, fazer com que ele seja ainda melhor do que o anterior. O Rio de Janeiro viverá grandes desafios nos próximos anos – Copa, Olimpíada, remoções e “pacificações”. O mandato, desde já, está a serviço da defesa do interesse público, da transparência, e dos movimentos organizados da sociedade. Vale lembrar que daremos continuidade aos nossos compromissos de sempre - educação pública, gratuita e de qualidade, ecossocialismo, segurança pública, direitos humanos e civis, reformas agrária, urbana e política.

As pessoas começam a perceber que o PSOL é um partido diferente, que não participa de acordos espúrios e incoerentes, e visa outro projeto de país. Agora, o PSOL já não é só um partido necessário. O PSOL é um partido obrigatório: sem ele a democracia perde um lado. Não há força no mundo capaz de escantear os que constroem seus projetos a partir de seus sonhos. Por mais poderosas, as máquinas não são capazes de calar o grito que nasce do peito dos justos. Nunca foram, jamais serão.

A você, nosso sincero agradecimento. Comemoremos hoje, para que, a partir de amanhã, comecemos a trabalhar intensamente por outro país. Sei que estaremos juntos, nos próximos quatro anos, como estivemos nesses três meses.

Vamos juntos!
Chico Alencar

Fonte: http://www.chicoalencar.com.br/_portal/noticias_do.php?codigo=362

Brancaleone



Triste ter que falar da morte do criador de um personagem que para mim é o máximo., Bracaleone.
esta comédia italiana é para mim uma obra de arte que todod deverial ter em casa . Eu tenho Brancaleone nas cruzadas que tambem é de abrir o bico.
Mario Monicelli, morreu aos 95 anos ao se jogar de um hopital.

veja materia no link:http://cinema.uol.com.br/ultnot/2010/11/29/rei-da-comedia-a-italiana-mario-monicelli-95-anos-morre-ao-se-jogar-de-um-hospital-em-roma.jhtm